Tecnologias em Educação

E-Proinfo, curso muito bem elaborado juntamente com a PUC_RJ, e espero que minha contribuição sirva para alguém.Agradeço a oportunidade de estar entre os professores contemplados no curso. Obrigada!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Patologias

PATOLOGIAS QUE PROVOCAM A DEFICIÊNCIA VISUAL – BAIXA VISÃO

Patologias Características Recomendações Educacionais
Albinismo
Diminuição ou ausência de pigmentação na íris. A criança possui pele, cabelos, cílios e sobrancelhas muito claros. O aluno apresenta fotofobia variável – pisca ou fecha os olhos, ocorre nistagmo (movimento involuntário dos olhos), diminuição da acuidade visual e anomalias de refração (miopias e astigmatismos).
Devem ser usadas lentes escuras, iluminação indireta sobre o livro e caderno, podendo ser necessária as ampliações de textos e aumento do contrates em representações gráficas. Se a cópias da lousa forem dificultada pela diminuição da acuidade visual, o professor poderá dar o texto a ser copiado da lousa em folha avulsa.
Catarata Diminuição da transparência do cristalino, lente transparente, biconvexa, responsável pelo foco e nitidez da imagem. O aluno apresenta acuidade visual variável, diminuição da visão periférica, com visão dupla e perda da percepção de profundidade. Recomenda-se boa iluminação e prancha de plano inclinado, para facilitar a aproximação do texto, que deve ser ampliado. Os desenhos devem ter cores com canetas de ponta grossa, como as de ponta porosa. As pessoas que passaram por cirurgia podem ter dificuldade para ver de perto.
Coriorretinite Inflamação da retina, camada interna do olho, provocada por várias causas, como, por exemplo, a toxoplasmose, de origem congênita ou adquirida. Pode ocorrer nistagmo, com presença de pontos cegos no campo visual e dificuldade para identificar objetos a distâncias variadas. Os textos devem ser ampliados e em alto contraste, reforçando-se o contorno das figuras; recomenda-se prancha de leitura para facilitar a aproximação do aluno, boa iluminação sobre o liv RO ou caderno para evitar os reflexos sobre os olhos. Alguns alunos podem apresentar baixos níveis de atenção e ligeira agitação. Pra reconhecer objetos e figuras, o aluno pode fazer melhor uso do campo visual periférico, girando a cabeça para o lado direito ou esquerdo, para cima ou para baixo, procurando tornar a imagem mais nítida, como se tivesse olhando em outra direção. Não se deve portanto, corrigir a posição do olhar.
Retinopatia da prematuridade Deficiência decorrente da imaturidade da retina, provocada pela baixa idade gestacional ao nascimento. Ocorrem diferentes graus de comprometimento, desde baixa acuidade visual, alteração de campo visual até a cegueira. A iluminação deve ser intensa, o material gráfico ampliado e o contorno das figuras reforçado. A prancha de leitura PE recomendada para aproximar do material.
Retinose pigmentar Caracteriza-se por degeneração progressiva da retina, com dificuldade para a visão noturna, discriminação de cores e perda da visão periférica. É necessária boa iluminação, indireta, e focalizada sobre o material de leitura e escrita, que deve ser em alto contraste e pouco ampliado, devido à restrição de campo visual. A perda progressiva da visão deve ser acompanhada periodicamente pelo médico oftalmologista. Há indicação do aprendizado do Braille se a perda visual se tornar muito significativa e não houver mais resposta aos processos de ampliação ou correção óptica.
Atrofia de nervo óptico O nervo óptico é responsável pela condução da informação visual do globo ocular ao cérebro, onde as imagens são interpretadas. A atrofia do nervo óptico leva à diminuição da acuidade visual, menor sensibilidade ao contraste e alteração do campo visual. Deve-se oferecer intensa iluminação, figuras e formas de contornos simples, sem muitos detalhes, com ampliação de textos. Podem ser usadas figuras com nível crescente de dificuldade, de acordo com a evolução da eficiência no funcionamento visual.
Deficiência visual cortical (DVC) Ocorre quando há lesão nas vias óticas posteriores ou córtex visual. É muito freqüente nos casos de paralisia cerebral, podendo ser decorrente de anóxia, hemorragias cerebrais e quadros infecciosos do sistema nervoso central. A criança pode apresentar: pouca expressão facial, pequena comunicação visual, giro da cabeça para o lado ao fixar um objeto, como se usasse campo visual periférico, uso do tato para identificar objetos. Pode apresentar oscilação freqüente da resposta visual, fadiga visual, dificuldade para identificar objetos. Deve-se usar boa iluminação, indireta, não apresentar muitos estímulos visuais de uma só vez, dar tempo para que o aluno responda, talvez maior que o tempo dado aos outros. Incentivar o uso do tato, se necessário, para auxiliar na identificação de objetos e figuras, favorecendo boa organização espacial no papel, para execução das atividades.

Fonte: SIAULYS, Mara Olímpia de C. A inclusão do aluno com baixa visão no ensino regular. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.

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